ULBRA - UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL
RELATÓRIO DO ESTÁGIO CURRICULAR
SUPERVISIONADO I – EDUCAÇÃO INFANTIL
EVELINE DE MOURA PAVANELLO BONIFÁCIO
CRUZEIRO-SP
2010
EVELINE DE MOURA PAVANELLO BONIFÁCIO
RELATÓRIO DO ESTÁGIO CURRICULAR
SUPERVISIONADO I – EDUCAÇÃO INFANTIL
Relatório de atividades observadas e desenvolvidas no Estágio de Pedagogia/Educação Infantil, no período de 28/06/10 à 02/07/10, na EMEI “Prof.ª Dirce Beck Ramos” em Bananal, Estado de São Paulo.
Tutora: Maria Elaine Safons Rodrigues
CRUZEIRO-SP
2010
AGRADECIMENTOS
A DEUS, pelo dom da vida, pela fé e perseverança em vencer obstáculos.
Ao meu marido ALBERTO, grande companheiro, pelo incentivo nessa fase do meu curso de Pedagogia.
Ao meu Filho PEDRO, meu amor, minha força, minha VIDA.
À minha mãe LUZINETE, que deposita em mim todos os seus sonhos.
À Tutora do Curso de Pedagogia ANGELA, grande amiga, somente com a sua ajuda foi possível a realização deste trabalho. Muito Obrigada.
Enfim, a todos os meus familiares, pessoas presentes na minha vida e que tenho a honra de ter aprendido tudo o que sei com eles, e de sempre estarem ao meu lado me apoiando em minhas decisões.
"A principal meta da Educação
É criar homens que sejam capazes
De fazer coisas novas,
Não simplesmente repetir
O que outras gerações já fizeram.
Homens que sejam criadores,
Inventores, descobridores.
A segunda meta da Educação é
Formar mentes que estejam em condições
De criticar, verificar e não aceitar
Tudo que a elas se propõe.”
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.......................................................................................................... 06
PROJETO DE ESTÁGIO........................................................................................... 07
1- ORIENTAÇÕES INICIAIS E APORTES TEÓRICOS............................................ 08
2- INSTITUIÇÃO DE ENSINO (IDENTIFICAÇÃO DA UNIDADE ESCOLAR).......... 09
3- CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO................................................................10
4- OBSERVAÇÃO..................................................................................................... 11
5- ENTREVISTA........................................................................................................ 13
6- PROJETO: RESGATANDO MONTEIRO LOBATO.............................................. 15
6.1- Justificativa.................................................................................................. 15
6.2- Objetivo Geral............................................................................................. 15
6.3- Objetivos Específicos.................................................................................. 15
6.4- Atividades.................................................................................................... 16
6.5- Metodologia................................................................................................. 16
6.6- Recursos..................................................................................................... 16
6.7- Avaliação..................................................................................................... 16
7- PRÁTICA DOCENTE.............................................................................................17
8- RELATÓRIO DE ATIVIDADES............................................................................. 18
9- REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA........................................................................... 19
ANEXOS
INTRODUÇÃO
O Estágio é uma exigência da Lei de Diretrizes de Bases da Educação Nacional (LDB – Lei n.º 9394/96). O estágio é necessário a formação do profissional a fim de adequar essa formação às expectativas do mercado de trabalho.
O Estágio Supervisionado visa fortalecer a relação teórica e prática baseado no princípio metodológico de que o desenvolvimento profissional implica, em utilizar conhecimentos adquiridos, quer na vida acadêmica, quer na vida profissional e pessoal.
Sendo assim, o estágio constitui-se em importante instrumento conhecimento e de integração do aluno na realidade social, econômica e do trabalho em sua área profissional.
O Estágio foi realizado na EMEI “Professora Dirce Beck Ramos”, situada à Rua Leon Gilson, n° 33 – centro em Bananal – SP.
PROJETO DE ESTÁGIO
“Se a Educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela, tampouco, a sociedade muda.”
Paulo Freire
1- ORIENTAÇÕES INICIAIS E APORTES TEÓRICOS
A Educação Infantil, atualmente, adquiriu nova dimensão, com a implantação do Ensino Fundamental de nove anos, com as crianças chegando à Escola e também se alfabetizando cada vez mais cedo. Sabe-se que para educar, necessitamos de um suporte que vá além dos significados e conteúdos de diferentes disciplinas. Isso só será possível realmente se a profissão de educar/ensinar estiver de acordo com atitudes éticas abertas à ação e à reflexão sobre o que realizamos no nosso dia a dia na escola. Para responder as novas demandas e exigências da educação, precisamos de estratégias, habilidades e procedimentos que respondam na prática as novas necessidades e expectativas da educação, inclusive da Educação Infantil. Atualmente as pessoas necessitam de habilidades, recursos e estratégias para aprender com autonomia, então a educação não deve mais se fundamentar na simples repetição de respostas, mas na formulação e construção de perguntas e conhecimentos.
2 - INSTITUIÇÃO DE ENSINO (IDENTIFICAÇÃO DA UNIDADE ESCOLAR)
A EMEI “Pedro Profª Dirce Beck Ramos”, está localizada à RUA Leon Gilson, n.º 33, centro, em Bananal, São Paulo, CEP- 12850-000. Esta instituição é mantida pela Prefeitura Municipal da Estância Histórica e Turística de Bananal.
3- CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO
A Escola Municipal de Educação Infantil “Professora Dirce Beck Ramos”, está integrada à E.M.E.F. “Coronel Nogueira Cobra”, possuindo 5 (cinco) salas, sendo três grandes e duas de tamanho inferior, próprias para à educação infantil, com mobiliário e os cantinhos adequados para tal faixa etária, possui também um refeitório e banheiros exclusivos. As salas da direção, dos professores e coordenadores, a cozinha, o parquinho, a sala para TV e vídeo, o auditório, os banheiros para funcionários e professores são em comum com a Escola de Ensino Fundamental.
A instituição funciona em dois períodos: manhã e tarde, entrando às 07:30h, com intervalo às 9:00h até 9:20h, e saída às 11:30h, tendo o próximo horário de entrada às 13h, com intervalo às 15:00h até 15:20h, e saída às 17:00h. Os alunos são da zona rural e urbana, tendo um total de 167 (cento e sessenta e sete) alunos. A maioria dos alunos é humilde e muitos dependem do material didático e da merenda escolar.
Seu corpo docente é formado por: 09 (nove) professores, 01 ( uma ) coordenadora pedagógica, 02 (dois) secretários, 02 (dois) inspetores de alunos. Mantém também 02 (duas) cozinheiras e 01( uma) servente.
4 - OBSERVAÇÃO
Realizei a observação Etapa 1, na Educação Infantil, turno da manhã e da tarde, sendo a mesma professora nos dois turnos. A sala conta atualmente com 20 alunos no período matutino e 16 alunos no vespertino, frequentando diariamente, na faixa etária de 03 a 04 anos.
Na entrada dos alunos forma-se uma fila, fazem uma oração, cantam músicas e entram para as salas. A professora conduz a aula com organização e promove atividades que favorecem o aprendizado, busca formas diferenciadas de ensinar os educandos, promovendo o lúdico e tornando prazeroso o ingresso diário à escola.
Os alunos cantam na sala de aula e nas apresentações festivas e cívicas da escola, também ouvem histórias e atuam sobre o tema em teatrinhos improvisados. Tive a oportunidade de assistir uma apresentação da turma e confesso que é algo comovente de se ver, eles se divertem fazendo parte da historinha que a professora acabara de contar. Na hora do lanche fazem uma oração e cantam uma música, depois de tomarem o lanche vão brincar. No término do recreio é formada uma fila e voltam à sala de aula.
A professora valoriza muito o brincar, permitindo que os alunos contribuam e os professores se renovem e inovem.
Todos os dias tem dois ajudantes escolhidos pela professora, um de cada sexo, onde eles descobrem quem será, através de uma forca feita pela docente.
Nas paredes da sala estão expostas as produções de desenhos realizados pelos alunos, painel de aniversariantes e de presença com figuras de meninos e meninas, feitos em E.V.A., com os nomes de cada aluno, eles contam quantos meninos e meninas estão presentes e quantos faltaram. Também existe um alfabeto colorido, figuras geométricas, normas de como devem se comportar na sala e na escola, e os números de 1 a 10, eles fazem a leitura diariamente.
5 - ENTREVISTA
A formação da Coordenadora da Unidade Escolar EMEI “Professora Dirce Beck Ramos” é superior de graduação em Pedagogia - Licenciatura. A política educacional atualmente promove diversas oportunidades de estudo teórico, desenvolvimento, espaços de formação em serviço, encontros e palestras para aperfeiçoamento. A rotina de formação acontece na Diretoria Municipal de Ensino, buscando o estudo dos diversos teóricos que baseiam o segmento.
Nas reuniões são passadas as informações à comunidade, pedindo auxílio, sugestões, mas a realidade é de que os pais não estão preparados para essa nova realidade da transformação da gestão democrática.
A inclusão é nova concepção de interação na sala de aula e precisa-se vencer algumas barreiras para que isso ocorra efetivamente. Na proposta pedagógica da escola já há um movimento de capacitação e adequação curricular para um melhor atendimento.
Na organização do currículo é preciso replanejar a escola desde a infra-estrutura física, pedagógica, com recursos didáticos, ampliação com ateliês até a formação em serviço para uma melhor qualidade de ensino.
A instituição não tem problemas quanto ao que diz respeito às diferenças. Nela já é até bem vindo à diversidade, pois nas diversas situações da “diferença” é que é possível trabalhar o desenvolvimento afetivo-emocional.
O processo de avaliação que consta no plano de gestão é diagnóstico dos alunos, nas relações ensino-aprendizagem, observando e elaborando fichas descritivas, onde os professores ao avaliarem seus alunos nas observações diárias, estão se auto avaliando para possíveis alterações na sua metodologia. A cada fechamento de semestre os professores se reúnem para discutir e trazer sugestões, alternativas e soluções para melhoria na qualidade do ensino.
O Projeto Político Pedagógico é desenvolvido ao longo do ano, com a finalidade de ser elaborado a cada inicio de ano. Todos são envolvidos no processo: professores, funcionários, pais, alunos e equipe escolar.
O ambiente escolar é constituído por uma parte coberta e uma livre, com parquinho e quadra esportiva. Os alunos são acompanhados e supervisionados com um profissional nas atividades livres. As salas de aulas são adequadas à faixa etária com mobiliário adequado e funcional para os alunos. Consta com murais temáticos e toda organizada para atendimento metodológico, com recursos desenvolvidos pelos próprios professores.
6- PROJETO: RESGATANDO MONTEIRO LOBATO
6.1- Justificativa
O projeto tem como finalidade resgatar a memória e as obras do escritor Monteiro Lobato. Conforme apontam estudos realizados pelo Grupo de Pesquisas e Extensão em Lobato (Gpel), ligado ao Programa Estação da Leitura (Estale) e ao Centro de Estudos de Leitura (Cel), da UESB, campus de Jequié, foi identificado que as obras lobateanas estão sendo afastadas dos espaços escolares. Monteiro Lobato foi um dos principais escritores de literatura infantil brasileira, suas obras povoam o imaginário infantil. Sendo assim, não podemos privar que nossas crianças tenham contato com seus personagens fantásticos e suas histórias incríveis. É, a Educação Infantil, a base para que possamos buscar, nos alunos, o prazer da leitura, tornando menor o índice de defasagem na escrita, que vem crescendo junto com as inovações tecnológicas.
6.2- Objetivo Geral
• Apresentar as obras lobateanas às crianças da Educação Infantil, promover o primeiro contato com a leitura, deixar que elas explorem o mundo do faz-de-conta, resgatar brincadeiras, contos folclóricos e cantigas que estão sendo esquecidas. Desenvolver a criatividade e trabalhar o lúdico para que desperte nas crianças a vontade de apreciar as novidades e se tornarem formadores de opinião.
6.3- Objetivos Específicos
• Evidenciar que crianças devem ter contato com coisas de crianças, sem pular etapas;
• Vivenciar a infância;
• Promover o prazer pela leitura;
• Incentivar o gosto pela música;
• Trabalhar a criatividade;
• Criar situações que possam interagir com os outros colegas.
6.4- Atividades
• Cantigas de Roda;
• Histórias;
• Construção de textos;
• Pintura coletiva;
• Trava-língua;
• Dobraduras;
• Vídeo;
• Fantoche dos personagens folclóricos;
• Lembrancinhas.
6.5- Metodologia
• Em círculo contar histórias, depois explorá-las.
• Desenhar o que mais gostou na história.
• Construir dobraduras dos personagens da história.
• Dar livros, revistas, papéis coloridos para que possam trabalhar com colagem.
• Desenho sobre folclore.
• Encenação de pequenos teatros.
• Conversar sobre lendas e mitos.
6.6- Recursos
• Folhas, tintas, papel pardo, livros de histórias, vídeo, revistas, cola, tesoura, pincel, cartolina, EVA e material de reciclagem.
6.7- Avaliação
• Observação e registro.
7- PRÁTICA DOCENTE
Antes de iniciar o projeto na sala de aula, fiz algumas perguntas, para saber o grau de conhecimento das crianças sobre as obras do escritor Monteiro Lobato, percebi que todo o conhecimento que obtinham se baseava apenas ao programa televisivo - “O Sítio do Pica Pau Amarelo”. Expliquei a elas que o escritor é muito mais do que isso, contei um pouco sobre sua vida, enfatizando que o mesmo nasceu e fora criado em nossa região, foi promotor de justiça e escreveu vários livros, tornando-se um autor muito importante para a Literatura Brasileira.
Após a essa breve introdução, apresentei algumas obras do escritor, percebi o fascínio dos alunos quando se depararam com os livros infantis, consegui despertar a curiosidade, ficaram muito ansiosos para que começassem a escutar todas aquelas histórias.
Logo após, iniciei trabalhos práticos sobre os personagens de algumas histórias e do nosso folclore, pois já havia explicado que Lobato é um escritor folclorista. Nessas atividades manuais, trabalhamos de várias maneiras, com colagens, dobraduras, materiais para colorir, e também com montagem de fantoches em material reciclado.
Realizamos atividades como, trava-línguas, cantigas de roda e muita música infantil, resgatando assim, o folclore que já está quase extinto nas escolas e na vida das crianças.
Durante toda a prática do projeto, as crianças ouviram e encenaram em pequenos teatros, diferentes histórias de Monteiro Lobato.
Finalizando o projeto, percebi que o objetivo fora alcançado, resgatamos a memória do escritor, melhor do que isso, apresentamos às crianças as fantásticas obras de um autor lendário.
Para concluir, posso afirmar que, lidar com crianças, apresentar materiais úteis e importantes a esses seres de pura inocência, é mesmo uma obra para jamais ser esquecida. Lembrarei desses dias de estágio para sempre, foi mais do que um aprendizado, foi uma lição de vida.
8- RELATÓRIO DE ATIVIDADES
Terminado o estágio, fiz uma reflexão de tudo que vivenciei nas salas de aula, percebi que criança gosta mesmo é de “coisas de crianças”, sendo assim, confesso que senti um grande alívio. Conhecendo casos de crianças que pulam certas fases, deixando de aproveitar sua infância, fico feliz ao ver brilho nos olhos infantis quando se deparam com obras mágicas, feitas para elas.
Durante toda a prática do estágio, pude perceber que todos os alunos se interessaram pelas atividades aplicadas, com isso, reforço a tese de que “criança tem que ser criança”. Muitos pais e até mesmo professores acabam deixando de lado, brincadeiras que o fizeram felizes no passado, com a desculpa do mundo estar em completa transformação e que isso já ficou para trás.
Com o projeto, percebemos que as coisas do passado são muito úteis no presente, que ainda fazem as crianças felizes, refletem conhecimentos e as tornam formadoras de opinião.
Confesso que não fiquei surpresa ao ver tamanha fascinação das crianças pelas obras mágicas de Monteiro Lobato. Ainda me lembro o quanto essas mesmas obras me fizeram viajar para o “Mundo do faz-de-conta” e o quanto elas influenciaram em minha vida como pessoa, mãe e profissional.
No estágio adquiri novos conhecimentos, aprendi muito, vi que ainda é possível uma educação de qualidade em uma escola pública, basta que o professor ao lado da comunidade e da família dos alunos, se esforce para dar a nossas crianças, oportunidades de serem “Agentes Participativos” na educação, e não apenas ouvintes, passivos.
Para finalizar, o que tenho a dizer, é que, mesmo na “Era da Informática”, os contos infantis do “Velho Lobato” ainda causam grande fascínio nas crianças.
9- REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
Vídeos;
Pesquisas na internet;
Pesquisas em livros;
Recortes de revistas e jornais.
quarta-feira, 23 de março de 2011
quinta-feira, 10 de março de 2011
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011
Poemas para crianças - Vinícius de Moraes e Toquinho
A casa
Vinicius de Moraes
Era uma casa
Muito engraçada
Não tinha teto
Não tinha nada
Ninguém podia entrar nela, não
Porque na casa não tinha chão
Ninguém podia dormir na rede
Porque na casa não tinha parede
Ninguém podia fazer pipi
Porque penico não tinha ali
Mas era feita com muito esmero
Na rua dos Bobos
Número zero
© Tonga Editora Musical LTDA
A galinha d' Angola
Vinicius de Moraes / Toquinho
Coitada, coitadinha
Da galinha-d'Angola
Não anda ultimamente
Regulando da bola
Ela vende confusão
E compra briga
Gosta muito de fofoca
E adora intriga
Fala tanto
Que parece que engoliu uma matraca
E vive reclamando
Que está fraca
Tou fraca! Tou fraca!
Tou fraca! Tou fraca! Tou fraca!
Coitada, coitadinha
Da galinha-d'Angola
Não anda ultimamente
Regulando da bola
Come tanto
Até ter dor de barriga
Ela é uma bagunceira
De uma figa
Quando choca, cocoroca
Come milho e come caca
E vive reclamando
Que está fraca
Tou fraca! Tou fraca! Tou fraca!
© Tonga Editora Musical LTDA
Aquarela
Vinicius de Moraes / Toquinho / Guido Morra / Maurizio Fabrizio
Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo
E com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo
Corro o lápis em torno da mão e me dou uma luva
E se faço chover com dois riscos tenho um guarda-chuva
Se um pinguinho de tinta cai num pedacinho azul do papel
Num instante imagino uma linda gaivota a voar no céu
Vai voando, contornando
A imensa curva norte-sul
Vou com ela viajando
Havaí, Pequim ou Istambul
Pinto um barco a vela branco navegando
É tanto céu e mar num beijo azul
Entre as nuvens vem surgindo
Um lindo avião rosa e grená
Tudo em volta colorindo
Com suas luzes a piscar
Basta imaginar e ele está partindo
Sereno indo
E se a gente quiser
Ele vai pousar
Numa folha qualquer eu desenho um navio de partida
Com alguns bons amigos, bebendo de bem com a vida
De uma América a outra consigo passar num segundo
Giro um simples compasso e num círculo eu faço o mundo
Um menino caminha e caminhando chega num muro
E ali logo em frente a esperar pela gente o futuro está
E o futuro é uma astronave
Que tentamos pilotar
Não tem tempo nem piedade
Nem tem hora de chegar
Sem pedir licença muda nossa vida
E depois convida a rir ou chorar
Nessa estrada não nos cabe
Conhecer ou ver o que virá
O fim dela ninguém sabe
Bem ao certo onde vai dar
Vamos todos numa linda passarela
De uma aquarela que um dia enfim
Descolorirá
Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo
Que descolorirá
E se faço chover com dois riscos tenho um guarda-chuva
Que descolorirá
Giro um simples compasso e num círculo eu faço o mundo
Que descolorirá
© Tonga Editora Musical LTDA
Canção da noite
Vinicius de Moraes / Paulo Tapajós
Dorme
Que estou a teu lado
Dorme sem cuidado
Nã nã nã nã nã
Dorme
Oh, meu anjo lindo
Vai calma dormindo
Nã nã nã nã nã
Sonha
Com noites de lua
Que minh'alma é tua
Quem vela sou eu!
Dorme
Com riso na boca
Que a noite é bem pouca
Nã nã nã nã nã
Dorme
E sonha comigo
Com teu doce amigo
Nã nã nã nã nã
© Irmãos Vitale S/A
Corujinha
Vinicius de Moraes / Toquinho
Corujinha, corujinha
Que peninha de você
Fica toda encolhidinha
Sempre olhando não sei quê
O seu canto de repente
Faz a gente estremecer
Corujinha, pobrezinha
Todo mundo que te vê
Diz assim, ah, coitadinha
Que feinha que é você
Quando a noite vem chegando
Chega o teu amanhecer
E se o sol vem despontando
Vais voando te esconder
Hoje em dia andas vaidosa
Orgulhosa como quê
Toda noite tua carinha
Aparece na TV
Corujinha, coitadinha
Que feinha que é você
© Tonga Editora Musical LTDA
O peru
Vinicius de Moraes / Toquinho / Paulo Soledade
Glu! Glu! Glu!
Abram alas pro peru!
O peru foi a passeio
Pensando que era pavão
Tico-tico riu-se tanto
Que morreu de congestão
O peru dança de roda
Numa roda de carvão
Quando acaba fica tonto
De quase cair no chão
O peru se viu um dia
Nas águas do ribeirão
Foi-se olhando, foi dizendo
Que beleza de pavão
Foi dormir e teve um sonho
Logo que o sol se escondeu
Que sua cauda tinha cores
Como a desse amigo seu
Vinicius de Moraes
Era uma casa
Muito engraçada
Não tinha teto
Não tinha nada
Ninguém podia entrar nela, não
Porque na casa não tinha chão
Ninguém podia dormir na rede
Porque na casa não tinha parede
Ninguém podia fazer pipi
Porque penico não tinha ali
Mas era feita com muito esmero
Na rua dos Bobos
Número zero
© Tonga Editora Musical LTDA
A galinha d' Angola
Vinicius de Moraes / Toquinho
Coitada, coitadinha
Da galinha-d'Angola
Não anda ultimamente
Regulando da bola
Ela vende confusão
E compra briga
Gosta muito de fofoca
E adora intriga
Fala tanto
Que parece que engoliu uma matraca
E vive reclamando
Que está fraca
Tou fraca! Tou fraca!
Tou fraca! Tou fraca! Tou fraca!
Coitada, coitadinha
Da galinha-d'Angola
Não anda ultimamente
Regulando da bola
Come tanto
Até ter dor de barriga
Ela é uma bagunceira
De uma figa
Quando choca, cocoroca
Come milho e come caca
E vive reclamando
Que está fraca
Tou fraca! Tou fraca! Tou fraca!
© Tonga Editora Musical LTDA
Aquarela
Vinicius de Moraes / Toquinho / Guido Morra / Maurizio Fabrizio
Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo
E com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo
Corro o lápis em torno da mão e me dou uma luva
E se faço chover com dois riscos tenho um guarda-chuva
Se um pinguinho de tinta cai num pedacinho azul do papel
Num instante imagino uma linda gaivota a voar no céu
Vai voando, contornando
A imensa curva norte-sul
Vou com ela viajando
Havaí, Pequim ou Istambul
Pinto um barco a vela branco navegando
É tanto céu e mar num beijo azul
Entre as nuvens vem surgindo
Um lindo avião rosa e grená
Tudo em volta colorindo
Com suas luzes a piscar
Basta imaginar e ele está partindo
Sereno indo
E se a gente quiser
Ele vai pousar
Numa folha qualquer eu desenho um navio de partida
Com alguns bons amigos, bebendo de bem com a vida
De uma América a outra consigo passar num segundo
Giro um simples compasso e num círculo eu faço o mundo
Um menino caminha e caminhando chega num muro
E ali logo em frente a esperar pela gente o futuro está
E o futuro é uma astronave
Que tentamos pilotar
Não tem tempo nem piedade
Nem tem hora de chegar
Sem pedir licença muda nossa vida
E depois convida a rir ou chorar
Nessa estrada não nos cabe
Conhecer ou ver o que virá
O fim dela ninguém sabe
Bem ao certo onde vai dar
Vamos todos numa linda passarela
De uma aquarela que um dia enfim
Descolorirá
Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo
Que descolorirá
E se faço chover com dois riscos tenho um guarda-chuva
Que descolorirá
Giro um simples compasso e num círculo eu faço o mundo
Que descolorirá
© Tonga Editora Musical LTDA
Canção da noite
Vinicius de Moraes / Paulo Tapajós
Dorme
Que estou a teu lado
Dorme sem cuidado
Nã nã nã nã nã
Dorme
Oh, meu anjo lindo
Vai calma dormindo
Nã nã nã nã nã
Sonha
Com noites de lua
Que minh'alma é tua
Quem vela sou eu!
Dorme
Com riso na boca
Que a noite é bem pouca
Nã nã nã nã nã
Dorme
E sonha comigo
Com teu doce amigo
Nã nã nã nã nã
© Irmãos Vitale S/A
Corujinha
Vinicius de Moraes / Toquinho
Corujinha, corujinha
Que peninha de você
Fica toda encolhidinha
Sempre olhando não sei quê
O seu canto de repente
Faz a gente estremecer
Corujinha, pobrezinha
Todo mundo que te vê
Diz assim, ah, coitadinha
Que feinha que é você
Quando a noite vem chegando
Chega o teu amanhecer
E se o sol vem despontando
Vais voando te esconder
Hoje em dia andas vaidosa
Orgulhosa como quê
Toda noite tua carinha
Aparece na TV
Corujinha, coitadinha
Que feinha que é você
© Tonga Editora Musical LTDA
O peru
Vinicius de Moraes / Toquinho / Paulo Soledade
Glu! Glu! Glu!
Abram alas pro peru!
O peru foi a passeio
Pensando que era pavão
Tico-tico riu-se tanto
Que morreu de congestão
O peru dança de roda
Numa roda de carvão
Quando acaba fica tonto
De quase cair no chão
O peru se viu um dia
Nas águas do ribeirão
Foi-se olhando, foi dizendo
Que beleza de pavão
Foi dormir e teve um sonho
Logo que o sol se escondeu
Que sua cauda tinha cores
Como a desse amigo seu
terça-feira, 1 de fevereiro de 2011
segunda-feira, 31 de janeiro de 2011
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